Abordagem do paciente terminal: aspectos psicodinâmicos - “A morte como símbolo de transformação”

Autores

  • Nairo de Souza Vargas Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica

Palavras-chave:

Morte – aspectos psicológicos, Doentes em fase terminal, Individuação, Símbolo da morte, Patologia da cultura ocidental

Resumo

O autor discute a importância de se resgatar a morte como algo natural, tirando-a do interdito em que se encontra. Tenta mostrar o quanto este aspecto cria distorções para a vida, determinando uma série de distúrbios na conduta médica, em especial na abordagem do paciente terminal. Defende a ideia de que é uma doença da nossa cultura ocidental e a situação que leva a esta repressão é negação da morte. Dentro das referências teóricas da Psicologia Analítica de Jung, o autor propõe condutas para se tentar resgatar a vivência simbólica da morte restituindo-se a polaridade dialética Vida-Morte. Defende a proposição de que a vida só pode ter um sentido pleno se não negarmos a morte. Propõe que, como no parto, o progresso da Medicina se harmonize com respeito aos limites da Vida e da personalidade do paciente, frequentemente desrespeitados. Discute a morte como símbolo fundamental dentro do processo de individuação.

Biografia do Autor

Nairo de Souza Vargas, Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica

Médico psiquiatra e analista, membro fundador da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica.

Referências

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Publicado

01-07-2022

Como Citar

Vargas, N. de S. (2022). Abordagem do paciente terminal: aspectos psicodinâmicos - “A morte como símbolo de transformação”. Junguiana, 40(2), 75–82. Recuperado de https://junguiana.sbpa.org.br/revista/article/view/220

Edição

Seção

Artigos