Cartografías de mujeres en el asfalto: diálogos sobre el complejo cultural del machismo
DOI:
https://doi.org/10.70435/junguiana.v41i3.55Palabras clave:
complejo cultural del machismo, imaginación activa, psicología analítica, arte urbanoResumen
En este texto, la autora adopta una metodología ensayística impulsada por el deseo de devol- ver la polis del alma a la poesía. A partir de la técnica de imaginación activa desarrollada por Jung, la autora establece un diálogo con un artista de grafiti situado en Salvador, Bahía. Esta obra es parte de la serie “Luto” concebida por la artista bahiana Thalita Andrade. El grafiti en cuestión representa a una mujer, cuya imagen sufrió importantes transformaciones durante el período del gobierno de Jair Bolsonaro, convirtiéndose en objeto de reflexión más directa sobre los cambios políticos y culturales en curso en la sociedad brasileña. En esa perspectiva, este artículo se propone analizar cuánto el cambio de la imagen del grafiti, aparentemente tan circunscrita, puede también estar reflejando una necesidad de cambio colectivo. Para tanto, además del concepto post-Junguiano de complejos culturales, la autora hace uso de la teoría junguiana sobre energía psíquica, aliados al aporte proveniente de los campos de la historia del arte y de la literatura.
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