Escritos que curan: complejo racial y narrativa memorialista
DOI:
https://doi.org/10.70435/junguiana.v41i1.25Palabras clave:
Complejo racial, Memoria, Narrativa, LiteraturaResumen
El presente trabajo buscó reflexionar, a través de la perspectiva junguiana, sobre los aportes de las narrativas memorialistas a la transformación del complejo racial. Resaltamos que la memoria individual se entrelaza con la memoria colectiva y señalamos los impactos traumáticos derivados del aniquilamiento de las memorias de los afrodescendientes a causa del colonialismo a lo largo de nuestra historia. En este sentido, se analizó la novela “Becos da Memória” (Callejones de la Memoria) de la escritora Conceição Evaristo, considerando la dimensión simbólico-arquetípica presente en la obra y los aspectos del proceso de individuación de la autora. Su obra literaria, basada en lo que ella misma llamó “escrevivencia”, es un ejemplo de cómo los recuerdos traumáticos, cargados de la potencia de los complejos, al ser “reeditados” a través de la escritura, pueden desencadenar transformaciones psíquicas en el ámbito individual y colectivo.
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