A patologia da arte e da exclusão
DOI:
https://doi.org/10.70435/junguiana.v41i2.45Palavras-chave:
anima, psicologia analítica, misoginia, feminilidade psíquica, exclusãoResumo
Este trabalho propõe uma reflexão sobre os tênues limites que separam a patologia da criatividade, utilizando-se, para isso, da genialidade da escritora Clarice Lispector. Coloca a ideia da patologia como fenômeno associado à história da misoginia, buscando suas raízes arquetípicas no mito da criação e na figura feminina de Eva. Desenvolve também a relação entre essa misoginia no plano arquetípico e o sentimento de exclusão que vivenciamos nos mais diferentes níveis de relacionamentos.
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