A Escuta da Imagem: psicologia arquetípica em desenhos e estórias
DOI:
https://doi.org/10.70435/junguiana.v43.277Palavras-chave:
desenhos, estórias, sobreposição, imagens, psicologia arquetípicaResumo
No trabalho com as imagens produzidas por crianças e adolescentes em análise, procurou-se estabelecer uma abordagem baseada na contação de estórias e sobreposição dos desenhos, favorecendo a escuta da imagem. Essa escolha buscou evitar o principal perigo ligado à interpretação de desenhos, que é a perda do significado particular de uma imagem na perspectiva da pessoa que a produziu. A adoção da narração de estórias estabelece a mesma ressonância com a atividade imaginativa inicial, permitindo a continuação deste movimento, gerando assim novas imagens. A compreensão da natureza deste processo, dada por sua relação com os padrões arquetípicos, pode ser possível a partir da observação de suas semelhanças, visíveis ao longo de seu desdobramento, exemplificada por meio da apresentação de um caso clínico. Essa experiência se tornaria acessível ao analista com o emprego do método de sobreposição de imagens.
Referências
Abt, T. (2005). Introduction to picture interpretation: according to C. G. Jung. Zurich: Living Human Heritage Publications.
Allan, J. (1988). Inscapes of the Child’s World: Jungian Counseling in Schools and Clinics. Dallas: Spring Publications.
Berry, P. (2008). Echo’s subtle body: contributions to an archetypal psychology (2nd revised and expanded edition). Putnam: Spring Publications.
Brandão, J. S. (1991). Dicionário Mítico-Etimológico da Mitologia Grega Vol. I (7ª edição revisada). Petrópolis: Vozes.
Hillman, J. (1989). A Blue Fire: selected writings by James Hillman (1st edition). New York: Harper & Row.
Hillman, J. (2007). Anima: an anatomy of a personified notion (8th printing). Putnam: Spring Publications.
Hillman, J. (2010a). Ficções que curam: psicoterapia e imaginação em Freud, Jung e Adler. Tradução de Gustavo Barcellos, Letícia Capriotti, Andrea de Alvarenga Lima e Elizabeth de Miranda Sandoval. Campinas: Verus.
Hillman, J. (2010b). Re-vendo a Psicologia. Tradução de Gustavo Barcellos. Petrópolis: Vozes.
Hillman, J. (2021). O livro do Puer: ensaios sobre o arquétipo do Puer aeternus (2ª reimpressão). Tradução de Gustavo Barcellos. São Paulo: Paulus.
Jung, C. G. (1918). Sobre o inconsciente. OC 10: §13-35.
Jung, C. G. (1928). Psicologia Analítica e Educação. OC 17: §127-229.
Jung, C. G. (1929). Commentary on “The Secret of the Golden Flower”. OC 13: §1-84.
Jung, C. G. (1934). O Uso Prático da Análise dos Sonhos. OC 16: §294-352.
Jung, C. G. (1939). Foreword to Suzuki’s “Introduction to Zen Buddhism”. OC 11: §877-907.
Jung, C. G. (1975). Memórias, Sonhos, Reflexões. Editado e gravado por Aniela Jaffé. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
Jung, C. G. (2009). The Red Book: Liber Novus. Edited by Sonu Shamdasani; translated by Mark Kyburz, John Peck and Sonu Shamdasani. New York: WW Norton & Co.
Jung, C. G. (2020). Os Livros Negros, 1913-1932: cadernos de transformação. Edição: Sonu Shamdasani; tradução: Markus A. Hediger; revisão da tradução: Walter Boechat. Petrópolis: Vozes.
Miyagawa, S.; Lesure, C., & Nóbrega, V. A. (2018). Cross-Modality Information Transfer: A Hypothesis about the Relationship among Prehistoric Cave Paintings, Symbolic Thinking, and the Emergence of Language. Frontiers in Psychology, v. 9 n. 115. DOI: https://doi.org/10.3389/fpsyg.2018.00115
Porto, B. (2019). When Images Speak: Archetypal Perspectives in Drawing and Storytelling. Quadrant - Journal of the C.G. Jung Foundation for Analytical Psychology, v. XLIX:1, pp. 11-38.
Trinca, W. (1987). Investigação clínica da personalidade: o desenho livre como estímulo de apercepção temática (2ª edição). São Paulo: EPU.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Bráulio Porto

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.