A ciência simbólica. Epistemologia e arquétipo
uma síntese holística do conhecimento objetivo e subjetivo
Palavras-chave:
ciência simbólica, padrões arquetípicos da consciência, padrão de alteridade da consciência, elaboração simbólica quaternária, causalidade mágica, causalidade demonstrativa, sincronicidade, via esotérica, via objetiva, método simbólico de pesquisa científica, pedagogia simbólicaResumo
O autor analisa a unilateralidade da objetividade em detrimento da subjetividade no conhecimento científico. Contrariamente a muitos filósofos da ciência que situam esta unilateraldade como decorrente principalmente do próprio desenvolvimento científico, o autor a interpreta basicamente como uma dissociação patológica do Self Cultural do Ocidente ocorrida no final do século XVIII quando da separação ciência-religião. Apresentando sua teoria do desenvolvimento simbólico da consciência individual e coletiva por intermédio de quatro arquétipos principais (matriarcal, patriarcal, alteridade e totalidade), o autor caracteriza a prática do método científico por intermédio do arquétipo de alteridade. Descreve cinco posições básicas para qualquer elaboração simbólica (indiferenciada, insular, polarizada, dialética e contemplativa) e assinala que o cientista e a pesquisa científica podem percorrer todas estas cinco posições na relação sujeito-objeto.
Referências
BACHELARD, O. La formation de l”espirit cientifique: con- tribution à une psychanalyse de la connaissance objective. Paris: Vrin, 1960.
BLEGER, J. (1967). Simbiose e ambigüidade. Rio de Janeiro, RJ: Francisco Alves, 1977.
BUBER, M. Eu e tu. São Paulo, SP: Cortez e Moraes, 1977.
BYINGTON, C. Psicologia e política: uma interpretação ar- quetípica da luta de classes. Rio de Janeiro, RJ: Bloch, 1981.
BYINGTON, C. Uma teoria mitológica da história. Revista de Cultura Vozes, Petrópolis, v. 76, n. 8, p. 39-50, out. 1982.
BYINGTON, C. O desenvolvimento simbólico da personali- dade. Junguiana: Revista da Sociedade Brasileira de Psicolo- gia Analítica, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 8-63, 1983.
BYINGTON, C. O conceito de sombra patológica e sua relação com o conceito de mecanismos de defesa dentro de uma teoria de psicopatologia simbólica. Junguiana: Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 90-136, 1984.
BYINGTON, C. O desenvolvimento da personalidade. São Paulo, SP: Ática, 1986a.
BYINGTON, C. Identidade pós-patriarcal do homem e da mulher e a estruturação quaternária do padrão de alteridade da consciência pelos arquétipos da anima e do animus. Junguiana: Revista da Sociedade Brasileira de Psic- ologia Analítica, São Paulo, v. 4, n. 4, p. 5-69, 1986b.
BYINGTON, C. The symbol of the antichrist and the pathological shadow of the western cultural self: the Institutionalization of christianity related to the search for post-colonialist identity in Latin America: a study of symbolic psychology. INTERNATIONAL CONGRESS OF ANALYTICAL PSYCHOLOGY, 10, 1986, Berlin. Proceedings… Zürich: International Association of Analytical Psychology, 1986c.
CAPRA, F. O ponto de mutação. São Paulo, SP: Cultrix, 1982.
CAPRA, F. O Tao da física. São Paulo, SP: Cultrix, 1983.
CHARDIN, T. Le group zoologique humain ou la place de l’Homme dans la nature. Paris: Albin Michel, 1956.
CHURCHWARD, J. O continente perdido de Mu. São Paulo, SP: Hemus, 1972.
COMTE, A. The positive philosophy. In: COMMINS, S.; LIN- SCOTT, R. Man and the universe: the philosophers of science. New York, NY: Modern Pocket Library, 1954. p. 223-41.
COMMINS, S.; LINSCOTT, R. Man and the universe: the philos- ophers of science. New York, NY: Modern Pocket Library, 1954.
ENGELS, F. A dialética da natureza. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra, 1976.
FRAZER, J. The golden bough: the magic art. London: Macmillan, 1900.
HOUDE, R.; MULLALY, J. The philosophy of knowledge. New York, NY : Lippincott, 1960.
JUNG, C. G. Sincronicidade: um princípio de conexão acaus- al. Petrópolis, RJ: Vozes, 1952. (Obras completas, Vol.8).
JUNG, C. G. Tipos psicológicos. Rio de Janeiro, RJ: Zahar, 1961. KLEIN, M. Notes on some schizoid mechanisms. In: HEIMANN, P. (Org.). Developments in psychoanalysis. London: Hogarth, 1952. p. 292-94.
KOESTLER, A. The act of creation. New York, NY: MacMillan, 1964.
LÉVI-STRAUSS, C. La pensée sauvage. Paris: Plon, 1962. pgs. 3-47.
MAHLER, S.M. Autism and symbiosis: two extreme distur- bances of identity. International Journal of Psychoanalysis, v. 29, n. 2-4, p. 77-83, mar./ago. 1958.
MARGENAU, H. The nature of physical reality: a philosophy of modern physics. New York, NY: McGrawHill, 1950.
NEUMANN, E. (1954) The grat mother: an analysis of the archetype. New York, NY: Pantheon, 1955.
PAULI, W. E. The influence of archetypal ideas on the scientific theories of kleper. In: JUNG, C. G.; PAULI, W. E. The interpreta- tion of nature and the psyche. New York, NY: Pantheon, 1955.
POPPER, K. (1972). Objective knowledge. Oxford: Clarendon, 1974. (15)
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.