A ciência simbólica. Epistemologia e arquétipo

uma síntese holística do conhecimento objetivo e subjetivo

Autores

  • Carlos Amadeu B. Byington Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica

Palavras-chave:

ciência simbólica, padrões arquetípicos da consciência, padrão de alteridade da consciência, elaboração simbólica quaternária, causalidade mágica, causalidade demonstrativa, sincronicidade, via esotérica, via objetiva, método simbólico de pesquisa científica, pedagogia simbólica

Resumo

O autor analisa a unilateralidade da objetividade em detrimento da subjetividade no conhecimento científico. Contrariamente a muitos filósofos da ciência que situam esta unilateraldade como decorrente principalmente do próprio desenvolvimento científico, o autor a interpreta basicamente como uma dissociação patológica do Self Cultural do Ocidente ocorrida no final do século XVIII quando da separação ciência-religião. Apresentando sua teoria do desenvolvimento simbólico da consciência individual e coletiva por intermédio de quatro arquétipos principais (matriarcal, patriarcal, alteridade e totalidade), o autor caracteriza a prática do método científico por intermédio do arquétipo de alteridade. Descreve cinco posições básicas para qualquer elaboração simbólica (indiferenciada, insular, polarizada, dialética e contemplativa) e assinala que o cientista e a pesquisa científica podem percorrer todas estas cinco posições na relação sujeito-objeto.

Biografia do Autor

Carlos Amadeu B. Byington, Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica

Médico psiquiatra e Psicoterapeuta, Membro Analista da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica.

Referências

BACHELARD, O. La formation de l”espirit cientifique: con- tribution à une psychanalyse de la connaissance objective. Paris: Vrin, 1960.

BLEGER, J. (1967). Simbiose e ambigüidade. Rio de Janeiro, RJ: Francisco Alves, 1977.

BUBER, M. Eu e tu. São Paulo, SP: Cortez e Moraes, 1977.

BYINGTON, C. Psicologia e política: uma interpretação ar- quetípica da luta de classes. Rio de Janeiro, RJ: Bloch, 1981.

BYINGTON, C. Uma teoria mitológica da história. Revista de Cultura Vozes, Petrópolis, v. 76, n. 8, p. 39-50, out. 1982.

BYINGTON, C. O desenvolvimento simbólico da personali- dade. Junguiana: Revista da Sociedade Brasileira de Psicolo- gia Analítica, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 8-63, 1983.

BYINGTON, C. O conceito de sombra patológica e sua relação com o conceito de mecanismos de defesa dentro de uma teoria de psicopatologia simbólica. Junguiana: Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 90-136, 1984.

BYINGTON, C. O desenvolvimento da personalidade. São Paulo, SP: Ática, 1986a.

BYINGTON, C. Identidade pós-patriarcal do homem e da mulher e a estruturação quaternária do padrão de alteridade da consciência pelos arquétipos da anima e do animus. Junguiana: Revista da Sociedade Brasileira de Psic- ologia Analítica, São Paulo, v. 4, n. 4, p. 5-69, 1986b.

BYINGTON, C. The symbol of the antichrist and the pathological shadow of the western cultural self: the Institutionalization of christianity related to the search for post-colonialist identity in Latin America: a study of symbolic psychology. INTERNATIONAL CONGRESS OF ANALYTICAL PSYCHOLOGY, 10, 1986, Berlin. Proceedings… Zürich: International Association of Analytical Psychology, 1986c.

CAPRA, F. O ponto de mutação. São Paulo, SP: Cultrix, 1982.

CAPRA, F. O Tao da física. São Paulo, SP: Cultrix, 1983.

CHARDIN, T. Le group zoologique humain ou la place de l’Homme dans la nature. Paris: Albin Michel, 1956.

CHURCHWARD, J. O continente perdido de Mu. São Paulo, SP: Hemus, 1972.

COMTE, A. The positive philosophy. In: COMMINS, S.; LIN- SCOTT, R. Man and the universe: the philosophers of science. New York, NY: Modern Pocket Library, 1954. p. 223-41.

COMMINS, S.; LINSCOTT, R. Man and the universe: the philos- ophers of science. New York, NY: Modern Pocket Library, 1954.

ENGELS, F. A dialética da natureza. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra, 1976.

FRAZER, J. The golden bough: the magic art. London: Macmillan, 1900.

HOUDE, R.; MULLALY, J. The philosophy of knowledge. New York, NY : Lippincott, 1960.

JUNG, C. G. Sincronicidade: um princípio de conexão acaus- al. Petrópolis, RJ: Vozes, 1952. (Obras completas, Vol.8).

JUNG, C. G. Tipos psicológicos. Rio de Janeiro, RJ: Zahar, 1961. KLEIN, M. Notes on some schizoid mechanisms. In: HEIMANN, P. (Org.). Developments in psychoanalysis. London: Hogarth, 1952. p. 292-94.

KOESTLER, A. The act of creation. New York, NY: MacMillan, 1964.

LÉVI-STRAUSS, C. La pensée sauvage. Paris: Plon, 1962. pgs. 3-47.

MAHLER, S.M. Autism and symbiosis: two extreme distur- bances of identity. International Journal of Psychoanalysis, v. 29, n. 2-4, p. 77-83, mar./ago. 1958.

MARGENAU, H. The nature of physical reality: a philosophy of modern physics. New York, NY: McGrawHill, 1950.

NEUMANN, E. (1954) The grat mother: an analysis of the archetype. New York, NY: Pantheon, 1955.

PAULI, W. E. The influence of archetypal ideas on the scientific theories of kleper. In: JUNG, C. G.; PAULI, W. E. The interpreta- tion of nature and the psyche. New York, NY: Pantheon, 1955.

POPPER, K. (1972). Objective knowledge. Oxford: Clarendon, 1974. (15)

Downloads

Publicado

12-02-2025

Como Citar

Byington, C. A. B. (2025). A ciência simbólica. Epistemologia e arquétipo: uma síntese holística do conhecimento objetivo e subjetivo. JUNGUIANA , 37(1), 1–20. Recuperado de https://junguiana.sbpa.org.br/revista/article/view/193

Edição

Seção

Artigos