Curar o queijo, curar a psique: uma metáfora
DOI:
https://doi.org/10.70435/junguiana.v42.101Palavras-chave:
queijo, cura, maturação, alquimia, psicoterapiaResumo
Observando o processo de fabricação artesanal de queijos, podemos perceber uma possível correspondência entre as fases dessa operação culinária e o processo de análise da psique. Ambos começam com uma desestabilização que pode ser propícia para a constru- ção de algo mais próximo à sua essência ou azedar e se tornar insuportável. Tanto na culi- nária quanto na psicologia profunda esse processo pode receber o mesmo nome: cura, por vezes também chamado de maturação. Assim, podemos imaginar que, mais do que encerrar o sintoma, a cura poderia significar um amadurecimento da psique. Para este trabalho, traçaremos comparações entre três saberes: o processo de produção queijeira (através de de- poimentos de mestres queijeiros da região de Minas Gerais registrados no filme O mineiro e o queijo, dirigido por Helvécio Ratton, em 2011), o processo de psicoterapia na abordagem ana- lítica e, na terceira cadeira desta mesa de prosa, a tradição da alquimia.
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