Identidades, opressões e o inconsciente
DOI:
https://doi.org/10.70435/junguiana.v42.97Palavras-chave:
identidade, opressão, inconsciente, gênero, psicologia analíticaResumo
A psicologia analítica emerge entre o fim do século XIX e o início do século XX junto à psicanálise e a outras psicologias, no contexto histórico, social e político da Europa daqueles anos. A hipótese do inconsciente, compartilhada com a Psicanálise e com outras psicologias, é redefinida e expandida por C. G. Jung em um giro epistemológico que amplia o pensamento analítico da época. Algumas questões do sofrimento humano contemporâneo, bem exemplificadas pelas questões de gênero e da opressão baseada em identidades de gênero, pedem uma nova reflexão acerca dessa concepção de inconsciente para avançarmos nas discussões sobre como escutar o que pessoas em sofrimento na nossa época têm a nos dizer. Este artigo pretende contribuir com essa discussão a partir do exame das identidades de gênero de pessoas LGBT e das masculinidades.
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